"Quando a educação não é libertadora, o senho do oprimido é se tornar opressor" (Paulo Freire).
Vivemos diante de um sistema de opressão, apanhamos tanto que quando ocupamos um espacinho já reproduzimos as lógicas de repressão, isso é uma característica do ser humano. O que podemos fazer para evitar é reconhecer os privilégios que temos em relação a outras pessoas dentro do movimento, isso não é pra você deixar de ser normativo (a) mas pra você entender que nessa posição você está em evidência em relação a outras pessoas, privilégios de classe, genero, raça, etnia, religião, deficiências físicas e mentais, doenças crônicas e corporal existem. Vemos dentro do movimento LGBT, principalmente nas siglas B, G e L a reprodução de lógicas racistas, misoginas, machistas, gordofobicas, intolerantes, classistas burguesas, transfobicas que não nos cabem, pois como grupos minoritários sofremos com um estigma da heterormatividade e da LGBTfobia. Você como gay branco, burguês, bombado e normativo ou você como lésbica branca, normativa, burguesa, magra ou até mesmo bissexual homem e mulher com essas características devem entender que pessoas que não tem esses privilégios são o tempo todo silenciadas até mesmo por vocês, o nosso problema não é apenas "sair do armário" mas entendermos que somos diferentes uns dos outros e enquanto as minorias forem silenciadas, a repressão vai existir. Se lutarmos e formarmos políticas públicas e sociais para os que estão na base, os de cima também serão beneficiadas, o que não ocorre quando tratamos do oposto.
