sábado, 30 de maio de 2020

A heteronormatividade mata!

A heteronormatividade mata..

A heteronormatividade mata quando é imposto ao indivíduo que a única forma de amor "normal" é a heterossexual.

A heteronormatividade mata quando um você é gay e lésbica e liga a televisão e só ver casais heteros nas novelas, filmes, séries, comerciais, programas de tevê, etc.

A heteronormatividade mata quando você é forçado a condenar a sua essência em prol de uma vida que não é sua

A heteronormatividade mata quando o menino é forçado a namorar menina e a menina é forçada a namorar menino.

Meninos também amam meninos e meninas também amam meninas, mas o ódio faz o medo esconder tudo, por isso a heteronormatividade mata. 

A heteronormatividade mata quando um LGBT é vítima de piada, deboche, caras feias, é centro das atençãos, agressões físicas, espancamentos, estupros, assassinatos na rua apenas por amar outra pessoa do mesmo sexo ou ser ele mesmo.

A heteronormatividade mata através dos discursos de ódio proferido por "pessoas" doentes que se incomodam com a felicidade alheia.

A heteronormatividade mata quando um jovem é expulso de casa por ser LGBT.

A heteronormatividade mata quando um LGBT se sente um estranho num mundo doente e hipócrita que o trata como um doente, sendo que o doente é quem se incomoda com o amor dos outros.

A heteronormatividade mata quando um LGBT sofre graves transtornos psicológicos e crises de identidade por não se encaixarem num mundo onde o que é imposto é o relacionamento heterossexual e os relacionamentos que fogem a esse padrão é marginalizado. 

A heteronormatividade mata quando em ocasiões isoladas aparece um LGBT na novela e os falsos moralistas se incomodam com isso mas não se incomodam com cenas de sexo é afeto heterossexuais. 

A heteronormatividade mata, ela nos destrói, simplesmente nos mata 😢😢

Por Gabriel Pacheco.

Link da foto:

https://www.google.com/search?q=heteronormatividade+homofobica+&tbm=isch&ved=2ahUKEwjW2dLtnd3pAhW0ALkGHcHQC2IQ2-cCegQIABAC&oq=heteronormatividade+homofobica+&gs_lcp=ChJtb2JpbGUtZ3dzLXdpei1pbWcQAzIHCCMQ6gIQJzIHCCMQ6gIQJzIHCCMQ6gIQJzIHCCMQ6gIQJzIHCCMQ6gIQJ1CMkAlYodsJYOjdCWgCcAB4AIABAIgBAJIBAJgBAKABAbABBQ&sclient=mobile-gws-wiz-img&ei=VC7TXtbfLbSB5OUPwaGvkAY&bih=560&biw=360&client=ms-android-samsung#imgrc=dQiCuVxFS5vhbM%3A


A realidade por trás de alunos universitários que cometem o plágio e formas de combater essa prática.


O plágio de fato é uma estratégia errada de ser praticada que causa danos a obra e própria vida do autor e deve sim haver uma punição para isso, porém ao reduzirmos a prática do plágio á ambientes acadêmicos, temos que olhar as questões socioeconômicas que levam a prática do ocorrido, como a elitização historica da universidade e a situação dos alunos de baixa renda que precisam se virar em mil para se manterem vivos no ambiente universitário, principalmente quando estes são recém saídos do ensino médio, os calouros. 

Obviamente, ninguém gosta de fazer um trabalho, um artigo e se deparar com uma cópia no nome de outra pessoa, assim como ninguém gostaria de ver uma música sua, ou um vestido que você desenhou, uma história que você publicou num livro ou um filme que você realizou com muito trabalho sendo copiado por outra pessoa. Por isso em casos de plágios mais severos como copiar um artista, uma música, um livro, um filme eu acho que sim deve haver uma punição mais severa, porém acho um exagero uma punição severa com alunos que plageiam por necessidade como é o caso de alunos pobres que chegam as universidades e que não tem o incentivo dos pais e precisam trabalhar pra pagar o seu aluguel, comer e muitas outras coisas.

Segundo a veja, uma pesquisa feita por universitários da Unicamp em 2018, mostrava que 87% dos estudantes que chegam as universidades não sabem o que é plágio. A pesquisa mostra que a maioria dos alunos calouros não tem total acesso ao que é permitido ou não na Universidade quando chegam. Com isso podemos perceber a falta de informação que a própria Universidade tem com seus alunos recém chegados.  

A maioria dos alunos pensam o plágio como apenas um trabalho de copiar e colar feito nos tempos de escola, nos tempos de ensino médio e ensino fundamental e que a única forma de castigo será apenas um zero no boletim. Através dessa falta de informação das universidades para com os alunos recém chegados nas universidades, esses alunos acabam não sabendo que o castigo pode ser mais severo como a perda da vaga, um processo judicial ou até mesmo a prisão. 

Não estou de jeito nenhum defendendo a prática do copiar e colar trabalhos dos outros, porém acho que temos que entender que a universidade infelizmente ainda mantém sua histórica maneira elitizada de ensino, é uma rotina de muitas exigências como chuvas de trabalhos e artigos, cobranças que infelizmente exige do aluno uma dedicação de 24 horas por dia a apenas universidade, só que isso não leva em conta que muitos alunos se quer têm computador em casa ou internet para fazerem seus trabalhos, a maioria precisa trabalhar pra garantir seus sustentos como aluguel, contas e comida, precisam fazer os serviços domésticos e acabam se prejudicando por todo esse emaranhado de exigências.. Fora a saúde mental que é super importante mas difícil de manter com essas exigências, pois além do cansaço físico, existe um grande cansaço psicológico. 

A realidade desses alunos é bem diferente dos alunos que tem os pais pra ajudar, uma casa pra morar, comida garantida, não precisam trabalhar, esses sim não precisam praticar o plágio, assim como tem mais chances de fazer seus trabalhos no tempo certo. 

Por esses motivos, devemos pensar sim em estrategias para punir o plagio, mas antes de tudo entender a realidade dos alunos mais suscetíveis a cometerem o ato que são os alunos mais pobres que sofrem pra entrarem nas universidade e pra se manterem lá. Por esse motivo não devemos permitir que venha uma punição exagerada pra estragar o sonho que esse aluno tanto lutou e conquistou que é a sua vaga na universidade. Essa punição exagerada do plágio tanto com a perda de sua vaga, quanto com a prisão vai apenas destruir o sonho dos estudantes mais pobres que dificilmente chegam ao ambiente universitário. Não é justo! 

Devemos combater o plágio mas antes combater a forma elitista histórica que se mantém nas universidades. A melhor maneira de combater o plágio é zerando o trabalho ou reprovando o aluno e não tirando a sua vaga ou até processando-o.

Por Gabriel Pacheco.

Link da veja: 
https://www.google.com/amp/s/veja.abril.com.br/educacao/pesquisa-87-dos-alunos-chegam-a-universidade-sem-saber-o-que-e-plagio/amp/

Link da foto:
https://www.google.com/search?client=ms-android-samsung&biw=360&bih=560&tbm=isch&sxsrf=ALeKk00jP5xLXdIoKbJN4X_WsEhA0BsxRQ%3A1590878163606&sa=1&q=entendendo+o+plágio+acadêmico&oq=entendendo+o+plágio+acadêmico&aqs=mobile-gws-lite..#imgrc=bss5QkZ7Dhwe7M&imgdii=V512ZVPN6nSZQM

quinta-feira, 28 de maio de 2020

O normal é ser você mesmo, padrões sociais impostos ignoram a natureza humana.

Sinceramente, não quero ser normal. O normal que é imposto é tóxico, esse normal  é segregacionista, esse normal é assassino. Pra falar a verdade o normal é uma mentira, ele não existe. 

Segundo Émile DURKHEIM, a sociedade é composta por fatos sociais e esses fatos impactam a vida dos indivíduos, esses fatos são para todos os indivíduos  (generalidade), são formados desde antes  dos nascimentos dos indivíduos (exterioridade) e são coercitivos ou seja, são organizados para controlar a vida dos indivíduos, os indivíduos não criam as regras morais e sociais, mas a própria sociedade que visa dizer o que ele pode ou não fazer, ou que é aceitável ou não.
              (DURKHEIM, O que é fato social?)

O "normal" foi criado pra manter a hierarquia de poder, pois uma sociedade homogênea é mais fácil de controlar, nessa sociedade ninguém pensa, ninguém critica, ninguém vive sua vida, as pessoas são fantoches do sistema.
Somos todos diferentes, os que se dizem normais também são diferentes. Estes se escondem atras da mascara da normalidade. A sociedade é doente, logo o normal também é doente. O conservadorismo é hipócrita, segregacionista e assassino pois é ele que cria o que é ou não normal na sociedade, ou o que deve ou não ser aceito. É o próprio conservadorismo que cria os preconceitos e mantém as estruturas de poder coercitivo na sociedade. 

"A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser normal".
 (Raul Seixas)

Você tem duas escolhas, ser normal tentando agradar os outros ou ser você mesmo e ser feliz. As pessoas que são elas mesmas não jogam sua vida fora em troca de uma vida que não é sua. O normal não existe, algumas pessoas podem se encaixar em alguns padrões que o sistema impõe mas isso é da natureza da pessoa e não uma escolha. 

As pessoas que são fora do que é considerado normal sofrem retaliações pois esse sistema de poder não aceita que as pessoas sejam felizes sendo elas mesmas, pois a liberdade dessas pessoas incomodam o sistema de poder. 

Eu por exemplo sou gay, confesso que me sinto excluído, sou tratado pela heteronormatividade como um estranho, um doente, o sistema tenta o tempo todo dizer que eu não sou normal mas eu sigo o meu coração e sei que a minha natureza é que deve ser considerada, orientação sexual não se escolhe, foi um processo difícil pra mim na adolescência pois nasci numa família conservadora e num lugar extremamente conservador que fode com minha saúde mental, mas escolho viver o que sou, o que eu sinto atração, pois eu sei que o problema não está na minha orientação sexual, e sim na sociedade. Muitos homofobicos estão presos no armário e reproduzem um discurso que eles não acreditam, pois a liberdade dos LGBTs assumidos incomodam a eles, assim como também muitos LGBTs se escondem para não sofrer na sociedade com a homofobia e com o estranhamento. 

"Se é livre, se é leve, se é verdadeiro é amor"
(Autor desconhecido).

"Consideramos justa, toda forma de amor". (Lulu Santos) 

A sociedade é doente, por isso entre ser normal e ser feliz, eu escolho ser feliz. Até porque ser normal não é seguir padrões, ser normal é ser você mesmo.


Por Gabriel Pacheco

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Nós gays também somos minorias e sofremos repressão. Merecemos Respeito!


Essa bandeira é tão importante quanto todas as outras. #RespeitemOs(as)Gays #GayfobiaNão #LGBTFOBIANAO
#GAYSSÃOMINORIAS

Da mesma forma que devemos respeitar lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, negros e mulheres, devemos também respeitar os gays.

Ultimamente tem sido muito frequentes falas GAYFOBICAS dizendo que "gay é escroto", que "gay é privilegiado", que "gay merece apanhar", que "gay é infiel", que "gay é falocentrico", que "gays não devem serem levados a serio", dizem que "gays são as causas do preconceito no movimento LGBT" e que "têm o maior privilégio dentro não só das siglas mas de todas as minorias".

Algumas dessas falas infelizmente não são feitas apenas por Bolsominions, mas por outras siglas e minorias que insistem em ver no gay um privilégio que não existe, afim de diminuir o local de fala que nós G's temos que ter no movimento e fazerem dos gays um alvo para dispararem seus ódios.

O movimento é LGBT e não LBT. Para que vocês colocam o G se insistem em nos atacar e nos silenciar?
De fato o movimento LGBT tem sido bastante tóxico!

Aliás a bandeira arco-íris não é a bandeira gay, ela é a bandeira LGBT. O problema é que as lésbicas tem suas próprias bandeiras, os bissexuais têm suas bandeiras, os assexuais têm suas bandeiras, a população trans têm suas bandeiras, não binaries têm suas bandeiras e tantos outros também têm suas bandeiras. Eu entendo como bandeira um espaço pra exercer um lugar de fala, o grande problema que a bandeira gay que é a bandeira da foto, não é exposta. O que queremos como gays, é o oposto do que dizem de que queremos protagonismo no meio LGBT, o que queremos apenas é uma bandeira própria e que nossa bandeira tenha seu espaço e respeito. 

O único privilégio da história em relação à orientação sexual é do hetero, assim como os privilégio da identidade de gênero está representado no homem e na mulher cisgenero. Aliás se formos botar na balança os LGB's cis teriam mais poder que a população T, pois aí sim poderíamos falar em privilégios no meio LGBT.

Eu não estou dizendo que não existam gays preconceituosos, mas a minha crítica é que pra diminuir a luta dos G, essas pessoas usam de forma mau carater o trabalho de culpar os gays por todos os preconceitos e silenciar os preconceitos que também são fortes nas outras siglas e no patriarcado.

O fato de nós gays sermos homens e dependendo da raça e da classe social termos os privilégios de sermos brancos ou ricos, isso não nos faz imune de sofremos por sermos gays.  Assim como uma mulher por mais que ela seja branca, rica ou classe média, ela terá alguns privilégios mas isso não a fará imune ao machismo e a misoginia e no caso das mulheres trans, a transfobia e a transmisoginia.

Somos expulsos de casa, apanhamos na rua, levamos lampadada na cabeça, somos espancados, somos vítimas de piada e em muitos casos, o termo "bicha", "viado", "maricona" é usado pra atacar os G. Aliás só aceito ser chamado assim se for pelos meus amigos. Hetero não tem moral nenhuma pra me chamar de bicha.
Além disso, gays e lésbicas são totalmente afetados pela heteronormatividade, os bi também são afetados, mas tem alguns bissexuais que insistem em chamar gays e lésbicas de privilegiados, sendo que a heteronormatividade embora também afete os bissexuais, eles não vão ser xingados na rua se estiverem com alguém do sexo oposto, serão xingados apenas quando estiverem num relacionamento homossexual, logo eles são menos afetados pela heteronormatividade que os L e os G mas isso não os fazem privilegiados, a bifobia existe quando as pessoas negam a existência de uma pessoa bissexual por gostar dos dois gêneros. 
Não ataquem os gays apenas por serem homens, até porque existem alguns homens bissexuais que gozam do privilégio hetero, só se relacionam publicamente com mulheres e mesmo assim insistem em reprimir os gays e dizer que somos privilegiados. Não são todos que são assim mas muito se acham no direito de xingar os gays.

Assim como existe discriminação nos outros movimentos, existe também no movimento gay, infelizmente. A gordofobia também é presente no meio G, o racismo (a solidão do gay negro) ou a sexualização do mesmo, o machismo quando se refere aos gays afeminados, a misogia quando se refere aos gays que sentem "nojo de vagina", a transfobia (com homens trans por acharem que são inferiores por não terem um pênis), a transmisoginia por acharem que mulher trans não é mulher e sim um gay "afeminado". Só que o problema é que a gordofobia, o racismo, a transmisoginia, a transfobia, a bifobia também está presente no meio L. Assim como também existem os mesmos preconceitos no meio B, assim como existe o racismo, a transmisoginia e a transfobia também em algumas partes do feminismo radical mas não são todos assim, é apenas um grupo, e ninguém deve desvalorizar uma luta por erros de algumas pessoas nesses grupos. Isso se chama mau caratismo!

Existe uma coisa chamada lugar de fala, deixa o gay afeminado criticar o gay padrão, deixa a lésbica que sofre gordofobia criticar a lésbica magra, deixa a mulher negra, criticar a mulher branca, isso se chama local de fala. Porque só quem é gay sabe como é sofrer com a homofobia e a heteronormatividade, só quem é mulher sabe como é sofrer com o machismo e a misoginia, só quem é trans sabe o que é sofrer com a transfobia e a transmisoginia, só quem é negro sabe o que é sofrer com o racismo.
Nós gays não somos privilegiados, o pior é que além de lutarmos contra a heteronormatividade e a homofobia, temos que lutar contra a gayfobia também?


terça-feira, 19 de maio de 2020

17 de maio, data que marca a importância da luta contra a homofobia

Ser LGBT numa sociedade heteronormativa e cisnormativa não é fácil. 

Desde pequenos somos obrigados a agirmos de acordo com o que nossa genital representa. Se nascermos com um pênis, seremos classificados como meninos, logo ganharemos carrinhos, bonecos de luta, bolas, seremos representados pela cor azul, seremos forçados a gostar de meninas e somos ensinados desde cedo a não demonstrar fraqueza, pois segundo a sociedade "chorar é coisa de mulherzinha ou de bicha" e por outro lado, se nascermos com uma vagina, seremos classificados como meninas, logo ganharemos bonecas, casinhas, panelinhas, maquiagens, automaticamente seremos representados pela cor rosa além de sermos forçados a gostar de meninos (mas nesse caso só depois dos 15). E desde cedo somos ensinados que mulher é sensível, deve se comportar na passividade, sempre precisará de uma figura que a completa e que essa figura na maioria das vezes é uma figura masculina.

A heteronormatividade, a cisnormatividade e o machismo são construções sociais, pois desde antes de nascermos, a sociedade é programada para agradar um patriarcado boçal que tenta impor como devemos viver, quem devemos ser e amar. 

Acontece que essas regras impostas não leva em conta a diversidade da natureza humana, cada um tem um gosto, nasce de um jeito, ama de um jeito ou de vários jeitos e que essas regras de exigir que todos sejamos iguais e que devamos seguir uma norma, se  basea num projeto de controle social pelo patriarcado, feito por pessoas que desejam manter o poder numa sociedade, e por isso é algo forçado, pois a pluralidade é da natureza humana.

A HETEROCISNORMATIVIDADE é uma forma de manter o poder de controle social

É evidente que a religião é um grande fator que faz com que essa imposição heterosexual e cisgenero seja imposta na sociedade. Não cabe a mim fazer julgamentos de religião A, B ou C, não estou generalizando, quem faz a religião é o indivíduo, há pessoas e pessoas, nem todo evangélico por exemplo é LGBTfobico, e o principal mandamento de Jesus Cristo é amar o próximo como a ti mesmo, mas o que infelizmente a gente ver na sociedade principalmente em determinados setores que se dizem cristãos são os discursos de ódio, bastante diferente dos mandamentos de Cristo. 

Além do fator religioso, que domina uma sociedade e a maneira de pensamentos de um indivíduo, temos a questão do consumo, o modelo heterossexual é um modelo mais fácil de reproduzir a espécie humana e o capitalismo necessita que haja mais pessoas no mundo para que possa haver maior consumo. Porém para as elites pouco importa se o indivíduo vai passar fome, ter uma casa, desde que ele seja mais um para gerar riquezas para os poderosos e esse é um dos motivos que homossexuais por exemplo sejam uma ameaça para o sistema.

Como a heteronormatividade e a cisnormatividade são estabelecidas?

Desde cedo, somos obrigados a assistir nas novelas, filmes abertos, desenhos, quadrinhos, jornais, revistas em que o amor só pode ser realizado entre um homem e uma mulher, somos obrigados a ver cenas de afetos, romances, casamentos e até sexo explícito (em alguns casos) heteronormativos pois para a sociedade, só existe uma forma de amar "normal", a heterossexual e quem não se adequa a essa norma, principalmente gays e lésbicas são vistos e tratados como "doentes" e "seres abomináveis". Além disso, desde pequenos somos forçados e a sociedade nos impõe que só podemos namorar, amar é transar com quem for do sexo oposto ao nosso, que no futuro teremos que casar apenas com mulheres se formos homens e homens se formos mulheres. Sem contar que se a criança nascer com um pênis, desde cedo ela será incentivada e obrigada a ter "namoradinhas" e ser o "garanhão" (mesmo sendo crianças). Ao contrário das crianças que nascem com vaginas que nesse caso só poderam namorar depois dos 15. 
Essa norma de imposição de relacionamentos heteros e da heterossexualidade na sociedade, se chama HETERONORMATIVIDADE. 

O impacto da heteronormatividade e a cisnormatividade na vida das pessoas

O indivíduo que nasce com a identificação do sexo biológico que lhe é atribuído e se apaixona por pessoa dos seus sexos biológicos opostos, este não sofrerá com a heteronormatividade e a cisnormatividade pois terá toda a representação de sua natureza que está de acordo com padrão aceitável pela construção social, ou seja, serão indivíduos privilegiados. O grande problema ocorre, quando o indivíduo que sente atração por pessoas do mesmo sexo, ou não se identifica com o gênero que a sociedade tenta lhe impor através do sexo biológico, não se sentirá representado pelas construções sociais estabelecidas pela heteronormatividade e cisnormatividade, logo gays, lésbicas, bissexuais (em relacionamentos com pessoas do mesmo sexo), mulheres e homens transexuais, travestis, não-binaries, assexuais etc.. desencadearão transtornos graves, causados pela não representação social, pela exclusão e a marginalização.
 
O suicídio e transtornos mentais em pessoas LGBTs, sobretudo os jovens 

Nós LGBTs por sermos rejeitados pela sociedade, família - muitos de nós somos expulsos de casa-, empregos, sofrermos rejeição por amarmos pessoas do mesmo sexo e não podermos muitas das vezes expor nossos sentimentos por conta da repressão social e o medo da violência dos pais, das sociedades e do que a LGBTfobia pode causar na nossa vida, tendemos a ter transtornos psicológicos e mentais maiores que os heteros e cisgeneros. Se um adolescente em si já passa por sérios transtornos pela mudança de hormônios, etc, imagina um adolescente e jovem LGBT onde os transtornos são quadruplicados? 

Segundo a CARTA CAPITAL, foi realizado um estudo nos Estados Unidos onde diziam que adolescentes e jovens LGBTs tem 3 vezes mais chances de pensarem em suicídio e 5 vezes mais chances de coloca-los em prática. Trágico e assustador mas é uma realidade que é ignorada e diminuída ou até silenciada.
Esse estudo também indica que os jovens LGBTs além de terem mais chances de cometerem suicídio também têm mais chances de se viciarem em drogas lícitas e ilícitas, bebidas alcoólicas e também a ISTs e gravidez precoce. Isso acontece pois, como esses jovens sofrem decepções, desamparos, discriminações e observam a crueldade desse sistema injusto e preconceituoso, além de não se verem representados nele, tendem então a buscar sentidos ou prazeres na vida que muitas das vezes encontram nas drogas uma forma de fugir dessa realidade cruel heteronormativa, cisnormativa e LGBTfobica.


A HETERONORMATIVIDADE e a CISNORMATIVIDADE são os agentes que formam a LGBTFOBIA 

A partir do momento em que o indivíduo é forçado por uma norma de que o "normal" é o homem se relacionar com mulher e a mulher se relacionar com o homem, pois segundo esse pensamento o homem foi feito pra mulher e a mulher para o homem, ou o que o sexo biológico de nascença é o que o fará homem ou mulher, os indivíduos que não se adequam a essa norma que é imposta pelo patriarcado é marginalizado e começa a sofrer perseguições. A homofobia existe por conta da heteronormatividade, assim como a transfobia existe pela cisnormatividade e a transmisoginia existe pelo fato da mulher trans não ser tratada como uma mulher, que de fato ela é. 
Ninguém é igual a ninguém, assim como existe a norma heterossexual, cisgenero, existe a norma branco racial e a norma da masculinidade, os indivíduos que nascem homem terão os privilégios masculinos, os indivíduos que nascem brancos, terão os privilégios raciais, os indivíduos que nascem heteros, terão os privilégios de sexualidade e os indivíduos que nascem cisgeneros terão os privilégios de gênero. 
A Heteronormatividade e cisnormatividade mata pois ela são as causas da práticas LGBTfobicas.

A hipocrisia social em relação à população LGBT

Temos poucos espaços na sociedade e sempre que ocupamos um espaços, somos vítimas de discursos moralistas e odiosos vindo principalmente dos conservadores. 
Um exemplo disso é que dificilmente nas novelas aparecem casais LGBTs ou LGBTs e quando aparecem são alvos de várias críticas, além de sermos unanimidades quando aparecemos. Dificilmente protragonizamos. Assim como quando um negro aparece nas novelas, são estereotipados como empregados domésticos, traficantes, bandidos, alcoólatras, o gay quando aparece nas novelas é estigmatizados como bichas estéricas, estereotipadas, ridicularizadas como é o caso do Crô da novela fina estampa de 2011 que está em reprise na Globo as 21 hs por conta da pandemia de coronavirus. Nessa novela, os cancervadores e bolsonazistas achavam graça e não fizeram críticas, diferente por exemplo da novela amor à vida (2013) onde mostra um romance entre Félix e Nico que protagonizaram o primeiro beijo gay da história da televisão, e foi um escândalo. 

E por falar nisso, os mesmos falsos moralistas que diziam que o casal gay e o amor do casal nessa novela estava destruindo a família, os bons costumes, eram os mesmos que em Avenida Brasil  (2012) achavam lindo que o Cadinho tinha 3 mulheres e ninguém reclamava que estava destruindo " a família tradicional", "a moral e os bons costumes". 
Isso não foi a primeira vez e nem a última que que a globo tentou colocar um casal LGBT na novela e os LGBTs foram vítimas da hipocrisia dos conservadores, as novelas "torre de babel"(1995), duas lésbicas tiveram que ser assassinadas num incêndio por receber graves rechacoes do público. Fato é que toda vez que conseguimos um espaço seja aonde for, recebemos críticas e somos vítimas discursos hipócritas, falso moralistas e fakenews, um exemplo atual é o presidente nazista que teve como um cabo eleitoral discursos LGBTfobicos que é o que infelizmente o povo abraça e aceita.

NOSSOS DIREITOS FORAM CONQUISTADOS COM MUITA LUTA

Historicamente, nós LGBTs sempre fomos perseguidos. Na idade média por exemplo éramos classificados como pederastas e éramos condenados. Até o século 20, a prática homossexual era crime e doença pelo mundo, e eram usados os castigos mais severos e cruéis para nós condenar, em 2020 pelo abusurdo que pareça a homossexualidade ainda é crime em muitos países, vários países ainda não legalizaram o casamento LGBT e não aprovaram a criminalização da LGBTfobia. 

No Brasil, conseguimos depois de 16 anos aprovar a criminalização da homofobia que é a PL 122 proposta em 2003 no primeiro ano do governo do PT. Ou seja por mais que a partir daquele período houve um avanço progressista, a bancada conservadora e fundamentalista não aceitaram o avanço do projeto que criminaliza o ódio a LGBTs, somente depois de 16 anos de tramitação, a LGBTfobia foi criminalizada numa decisão acirrada pelo STF. Ou seja, foi uma conquista histórica por nós LGBTs e além disso foi um sinônimo de resistência não só por todas as nossas lutas históricas por justiça mas também por estarmks no auge desse desgoverno nazista e LGBTfobico.

Portanto a década de 2010 foi uma década importantíssima para que pudéssemos alcançar conquistas históricas. Em 2013 conquistamos o direito ao casamento civil igualitário, no dia 05 de junto de 2019, conseguimos através de muita luta aprovar a criminalização da LGBTfobia que impõe ao agressor uma pena, seja por multa, seja pela cadeia. 

Todos esses avanços como sempre acontecem em todos os movimentos sociais, causaram uma revolta de setores conservadores, fundamentalistas, nazistas e elitistas, além de muitas fake News, sobretudo pelo Bolsonazi que foi eleito com um forte discurso homofobico e com as invenções criminosas do "kit gay" e da "mamadeira de piroca", entre outros.

Se hoje temos o pouco dos direitos que conquistamos, devemos agradecer aos LGBTs do passado que lutaram por nós, as afeminadas, travestis, as negras, lésbicas, gays, bi, trans, mulheres trans, artistas que deram a cara a tapa para lutar pelos nossos direitos e enfrentar esse sistema mesmo numa época em que a nossa luta era atacada pela direita e silenciada pela esquerda. 

Vale ressaltar que se não radicalizassemos nossas lutas no passado, hoje não estaríamos nem podendo trocar afetos com quem amamos ou sendo quem somos, assumindo nossas identidades. Graças as lutas dos nossos guerreiros, sobretudo de Stonewall, onde a luta LGBT de fato ganhou início no final da década se 60, hoje não teríamos conquistados embora que bem tardiamente o respeito da OMS que em 1990 desclassifivou a homossexualidade como doença e que muito mais tarde, em 2017, desclassificou a transexualidade como doença mental.

Nunca foi foi fácil pra gente, em 1969 a luta começou em Stonewall, em 1970 ocorreram as primeiras paradas pelo mundo, porém enfrentamos a violência e os estigmas de patologia, na década seguinte, 1980 enfrentavamos nosso maior vilão da história a Aids junto com o preconceito que associava os LGBTs à doença e isso caiu como uma luva para os conservadores e para os homofobicos que tinham mais um motivo para nos matar. Alem disso essa doença levou vários dos nossos e que lutaram ao nosso lado. 

A criminalização da LGBTfobia é importante mas é o único caminho?



A importância dos artistas e da própria  arte na luta LGBT

Artistas LGBTs como Cazuza, Ney Matogrosso, Freddie Mercury, Cassia Eller, Renato Russo, David Bowie, entre outros  foram extremamente importantes para as nossas lutas, visto que as nossas lutas eram um tabu até para a oposição de esquerda que diferente de hoje, antes reproduzam a LGBTfobia. E assim como hoje artistas como Pabllo Vittar, Ludmilla, Glória Groover, Liniker, Lin da Quebrada, Johnny Hooker, Gabriel Nandes, Bruno Gadiol, Maria Gadú, Ana Carolina, entre outros são importantíssimos para a nossa existência e luta.


 

13 de maio dia de intensificar a luta contra o racismo


    Dia 13 de maio é um dia importante na luta contra o racismo, foi ali que os negros conseguiram sua primeira Vitória importante durante a história, a abolição. 

   Porém percebemos que o racismo no Brasil apenas se modernizou e foi consolidado de maneira explícita na eleição do Bolsonazi pois pessoas como ele saíram do armário sem vergonha de expor o seu racismo e sua identificação na figura do miliciano.

   As estruturas modernizaram mas continuam as mesmas: As senzalas viraram o sistema prisional, a casa grande viraram os prédios afortunados, as chicotadas viraram as violências policiais. 

   Precisamos ir á fundo, focar também no racismo estrutural, como por exemplo a estrutura educacional onde ainda não é democrático por exemplo o ambiente universitário, onde a maioria principalmente nos cursos elitistas são de brancos e classe média pra cima. Embora tenha havido avanços importantes nos governos Lula e Dilma em relação a ascensão dos negros nas universidades por políticas de cotas, que ocasionou um ódio bastante grande na casa grande e que ajudou na formação do golpe de 2016 contra a Dilma e na eleição do nazista Jair Bolsonaro em 2018, essa desigualdade diminui nos governos petistas mas estamos longe de alcançar a justiça e a democracia racial.

    Podemos destacar ainda que o Brasil além de adotar uma cultura higienista e genocida que mata os negros e que faz com que 70% da população carcerária no Brasil seja negra (IBGE), podemos também perceber que as estruturas são baseadas nos discursos e hipócritas da meritocracia que inventam a ideia de que todos somos iguais, ignorando o racismo gritante.

    É possível perceber que a estrutura racial no Brasil é desigual também pelo fato de quem detém o poder tanto no executivo, quanto no legislativo, no judiciário e nas elites da sociedade são pessoas brancas que são beneficiadas pela exploração do povo negro. Porém temos que levar em conta que a maioria da população brasileira é negra mas por falta de um sistema educacional, de saúde e lazer democrático, essa maioria seja ensinada pelo próprio sistema de opressão a reproduzir a opressão que sofre pois quando tomamos consciência de que sofremos opressões, lutamos contra estes que detém o poder. 

   Em um artigo feito pela BBC, a professora e antropóloga Lilia Schwarcz esclarece a questão da escravidão moderna e que mesmo após a abolição em 1888, os sofrimentos e as opressões persistem na sociedade.

"Estamos matando uma geração de negros e negras no Brasil. Sabemos que os negros têm menos acesso a educação. Têm menos acesso a saúde. Têm menos acesso a transporte. Morrem antes. São dados radicais que estamos recriando. Eu acho que ações desse tipo (as cotas raciais) são importantes porque há momentos em que é preciso desigualar para depois igualar. Não se pode falar em uma meritocracia universal num país tão desigual como o Brasil". Lilia Schwarcz

   O dia 13 de maio deve ser uma data pra nós reunirmos forças, indignação e lutar contra esse racismo e escravidão moderna. Pois pra podermos comemorar, temos que lutar contra o sofrimento e essa desigualdade que nós é imposta.

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Rico Campeao da A fazenda 13

 O Rico tem os seus defeitos assim como a Jojo Toddynho tinha, a Juliette também tinha e que todos tinham, mas ele merece ser campeão porque...